A Carta aos Filipenses é uma das mais
pessoais do apóstolo, indicando que ele não estava escrevendo simplesmente a
uma igreja, mas também a um grupo de amigos. Ela foi escrita, provavelmente, da
prisão em Roma, cerca de 62 A .D.
O tema predominante desta carta é a alegria. Este tema nos ensina que as
circunstâncias imediatas que cercam a vida do crente não são os fatores que
devem determinar a sua atitude para com a vida.
Muitas pessoas se tornam azedas por causa das dificuldades,
influenciadas pelas circunstâncias; se tudo está bem, está bem humorado, se as
coisas não vão bem, está mal humorado. O apóstolo está nos ensinando que a
fonte de alegria do cristão não são as circunstâncias, mas o Senhor que está
presente na vida do cristão, na saúde e na doença, na pobreza e na fartura, nas
tempestades e na bonança. O Senhor estava com Paulo em suas cadeias? Sim. Paulo
estava alegre por causa de suas cadeias? Não. Ele estava alegre no Senhor. Ao
entendermos esta verdade nosso entendimento sobre a vida cristã muda radicalmente.
O apóstolo Paulo estava na prisão, mas feliz porque nada podia deter o
avanço e o progresso do Evangelho. Ele nos revela os efeitos benéficos da
adversidade na vida do cristão. Vejamos, portanto, que tipos de oportunidades surgem na adversidade.
1.
Oportunidade de Reconhecer o valor da igreja
O apóstolo
agradecia a Deus, com alegria, por poder contar com o apoio e o encorajamento
da igreja em Filipos. Em suas cadeias Paulo podia contar com o apoio e a
cooperação de uma igreja que amadureceu em meio à adversidade.
As lembranças de Paulo acerca daquela igreja o estimulavam e o
animavam. Havia no coração do apóstolo um profundo amor, que fora gerado pelo
cuidado daqueles irmãos para com ele. Aqueles irmãos demonstraram maturidade,
entendendo que a adversidade não era sinal de pecado, falta de fé ou problemas
na conduta do apóstolo; eles não se escandalizaram com o sofrimento de Paulo,
mas entenderam que nos momentos dificeis deviam perseverar e ser instrumentos
de alívio e consolo para o apóstolo.
2.
Oportunidade de frutificar na adversidade
O apóstolo
disse que sua prisão se tornou uma bênção porque ele teve a oportunidade de
pregar para toda a guarda pretoriana (cerca de nove mil soldados).
A perspectiva do sofrimento e da adversidade fez toda a diferença. Para
Paulo, era a oportunidade de testemunhar do poder do Evangelho, onde outros
teriam dificuldades. Em outras circunstâncias, o apóstolo já havia aprendido
que toda dificuldade é uma oportunidade. Veja Atos 16.23-33.
Nossas dificuldades precisam ser
vistas como oportunidades de testemunhar de Cristo, de crescer no relacionamento com o Senhor e
de aprender a depender dele. Para Paulo, a prisão era uma oportunidade para
produzir frutos para o Reino, onde menos esperaríamos. Foi numa prisão que
Paulo gerou espiritualmente a Onésimo (Fm 10).
3.
Oportunidade de Sermos Ousados e Manifestarmos Nossa Fé
O apóstolo
disse que as suas cadeias tornaram os irmãos mais ousados, pois eles deixaram
de ter medo das perseguições e começaram a pregar com
determinação.
Há duas constatações importantes aqui:
2. O comportamento de Paulo serviu para motivar e inspirar os irmãos. E
Paulo sentia o privilégio de sofrer por Cristo.
Ao olharmos as pessoas, temos sido animados a prosseguir? Infelizmente,
ao olharmos para certos crentes, hoje, sentimo-nos desestimulados a continuar
na luta.
CONCLUSÃO
A
adversidade precisa ser encarada sempre como oportunidade. Reflita nessas
frases:
“O tolo vê dificuldade na oportunidade, o sábio vê oportunidade na
dificuldade”. (adágio chinês)
“Eu sempre tentei tornar cada desastre em
oportunidade”. (Winston Churchill)
“As oportunidades
estão normalmente disfarçadas de trabalho árduo, por isso a maioria das pessoas
não as reconhece”. (John F. Kennedy)
O que as nossas dificuldades têm
produzido? Crentes maduros e alegres ou crentes imaturos e azedos?
Avalie como você tem reagido às provações, descubra
se você tem encarado as dificuldades como oportunidades de crescimento na fé e
progresso espiritual
Ore e
trabalhe para que sua igreja seja um lugar de comunhão, de estímulo e de apoio
mútuo.
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